Você está em casa ou no cinema assistindo a um filme. De repente, personagens de botar medo em qualquer um saem das telas e tentam te agarrar; objetos estranhos ganham vida e partem para cima de você; acidente, terremoto, furacão, enchente ou algo similar lhe deixam apavorado, “vivenciando”, as consequências da fúria da natureza. Você deixa de ser um espectador para se tornar, também, um dos protagonistas do filme. Obviamente, tudo ilusão de ótica.

A tecnologia de efeitos em três dimensões tornou isso possível. Basta que você utilize um equipamento especial: os óculos tridimensionais. Como funcionam as imagens 3D transmitidas em cinemas ou televisores? Simultaneamente, duas imagens são enviadas para os óculos especiais, que as separam de modo que cada olho enxergue somente uma delas. Aí, o cérebro entra em ação, fazendo a fusão das imagens e gerando a sensação 3D.
Já foi lançado o smartphone que exibe imagens tridimensionais, possibilitando, também, que as pessoas façam fotos e gravem vídeos em 3D. Realmente, uma fantástica inovação!

Quem me conhece deve estar se perguntando: por que o Alfredo, especialista em educação e desenvolvimento humano, está vindo com essa conversa de imagens 3D? Porque a educação é um processo multidimensional! São diversos os princípios, conceitos, ferramentas e visões que podem ser interpretados à luz da multidimensionalidade. Assim, eu lhe pergunto: você já visualiza e coloca em prática as melhores e mais inovadoras tecnologias da Educação Multidimensional?

O homem é composto por múltiplas dimensões. A sua inteireza e complexidade passam pelo crivo da afetividade, racionalidade, corporeidade e espiritualidade.
O mundo no qual vivemos, convivemos e trabalhamos tem múltiplas dimensões: social, econômica, política, cultural e ambiental.

O conhecimento pode ser acessado pelas pessoas por intermédio de diversas vias: a aprendizagem por conta própria; a aprendizagem a partir da atividade expositiva realizada por outra pessoa; a aprendizagem pelo trabalho em equipe; e a aprendizagem pela via da produção de novos conhecimentos. Tudo isso a serviço do desenvolvimento integral do humano.
Os espaços formativos (ambientes de aprendizagem) são inúmeros. A educação para e pela vida abre um leque de dimensões espaciais (físicas e virtuais) que favorecem o desabrochar das capacidades das pessoas. Lembre-se: a educação acontece até na escola!
Como a sua trajetória, situação atual e perspectiva de vida (horizonte temporal) pode ser capitalizada a seu favor, estabelecendo conexões edificantes entre o passado, o presente e o futuro? A correta articulação das dimensões do tempo é extremamente útil à educação; trata-se, portanto, de mais uma premissa da qual não se pode abrir mão.
A inovação das visões de homem, mundo, conhecimento, métodos, técnicas, tempo e espaço, dentre muitas outras, representam critérios-chave da multidimensionalidade na ação educativa. E então? Você vem planejando, realizando, avaliando, registrando e disseminando conceitos e práticas da Educação Multidimensional? Faz uso das ferramentas adequadas para isso? Tem por hábito aprimorar as suas competências, habilidades, atitudes e conhecimentos para turbinar esse processo do qual o Brasil, de forma tão urgente e dramática, necessita e requer? Enfim, você já adquiriu o “smartphone da Educação Multidimensional”?

Esse “aparelho” é um ferramental teórico-prático seguro para a ação educativa, amadurecido ao longo de muitos anos de estudo, prática e debate em torno de uma questão vital: qual é a melhor educação que se pode oferecer às novas gerações, contribuindo para a transição do país que temos para o Brasil do qual necessitamos e com o qual tanto sonhamos?

Na verdade, o “smartphone da Educação Multidimensional” já foi lançado há muito tempo! Ele se consolida na intervenção de profissionais, equipes e organizações bem alinhadas com essa proposta, agentes da transformação de nossa realidade, com elevados níveis de compromisso ético (ação edificante balizada por princípios), competência técnica (saber fazer) e vontade política (disposição interior para realizar o que precisa ser feito).

Desejo que você e o seu time de trabalho façam bom uso dos “óculos e do smartphone da Educação Multidimensional”, visualizando, aplicando, aprimorando e difundindo conhecimentos e metodologias com um triplo propósito: agregar valor, fazer a diferença e gerar impacto a favor da universalização da educação de qualidade em nosso país.
Para finalizar este pequeno artigo, vale a pena recordar uma bela sacada de Paulo Freire: “É preciso fazer o possível de hoje para fazer, amanhã, o impossível de hoje”.

Alfredo Gomes

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