Frequentemente, os desfiles das escolas de samba nos enchem de orgulho, alegria e boas vibrações. O carnaval representa, dentre outras coisas, a expressão do senso de superação, alegria e criatividade do povo brasileiro, reinventando a esperança por um Brasil melhor e mais justo.
É evidente, porém, que não podemos mais ser conhecidos somente como o país do carnaval e do futebol. Para muito além das escolas de samba, das olimpíadas esportivas e do futebol, o país necessita e requer uma educação integral de qualidade para todos. Não se pode mais abrir mão de escolas que funcionem verdadeiramente; de educadores capacitados e com condições humanas e profissionais necessárias ao resgate da nobreza de sua função: a de contribuir para a promoção das melhores capacidades de cada criança, adolescente ou jovem.
A educação integral inclui e ultrapassa as fronteiras das salas de aula e dos muros das escolas, extrapolando, ainda, a carga horária escolar. A essência desta proposta tem eco na formação do humano por inteiro, promovendo alguns encontros-chave: o encontro consigo, com as outras pessoas, com os conhecimentos, com o mundo do trabalho e com as fontes de significado e de sentido da sua existência.
Eis a essência da educação integral: a de contribuir para a formação do jovem como “pessoa resolvida”, ou seja, autêntica, ética, criativa, sensível, autônoma, determinada e resiliente; como cidadão participativo, colaborativo, fraterno, inventivo no campo político-criador, solidário e com forte senso de pertencimento à família humana; e como profissional proativo, competente, flexível, polivalente, inovador e que sabe trabalhar em equipe.
Nosso país necessita e requer, de modo dramático e urgente, a implementação de políticas públicas educacionais eficientes e eficazes: políticas verdadeiramente sintonizadas com o que pulsa de melhor nos corações, mentes e atitudes, compondo o espírito inventivo e transformador das novas gerações. Estamos falando de uma proposta inovadora e portadora de uma sólida base conceitual e metodológica. Enfim, parafraseando Victor Hugo, podemos afirmar, sem vacilações nem meios termos, que a educação integral é a ideia cujo tempo chegou!
Alfredo Gomes